quarta-feira, 23 de março de 2011

Recriação. Recreação. Cria! São?

uma criação.

Tudo escuro. Mas tudo mesmo, o Todo escuro. ‘faça-se’ a luz ainda não tinha sido ouvido: era o estado sem criação. Forma e vazio pensavam juntas no Nada, numa coisa descompassada e sem lógica. Soava um som surdo, sonata do vácuo.
Escutava-se, pensava-se, não se falava, não se perguntava. Havia nenhum sujeito. Um mundo indeterminado.
Tudo isso em reação gerou. A criação. Sucumbiu e veio à tona, formando, aparecendo. Nascia o tudo, que para nós parece pouco, mas parece, estava aparecendo, nascendo. Surgiu, no meio disso, o instante e passado alguns nasceu o verbo: se chamava ser, bonito nome, já predestinado a uma função.
Eis que tudo se fez.
Nascia ali também algo que chamaremos de ‘um homem’, não um qualquer, mas, neste caso, o único. Ele era. Seu primeiro pensamento, ou melhor, antes mesmo de pensar ou reconhecer, ele foi; e disse num pensamento ainda sem língua, “eu sou”. Num desenvolvimento intelectual surpreendentemente raro em casos de criação, esse um homem tentou pensar numa outra forma de dizer isso. Outro instante passava. Não conseguiu, mas valeu a tentativa. Sem mais o que poder pensar, resignado, procurou outro algo a que fazer. Piscou, viu. Conseguia enxergar até uma determinada distância, a partir da qual não se permitia a visão. Achou-se, então, inútil, criação boba, até se houvesse a palavra ‘verme’, que a nós mundanos muito é útil, ele se compararia a um desses. Na impossibilidade, achou-se limitado.
Chorou, compulsivamente; as lágrimas jorravam de seu rosto numa melancolia jamais vista ali. Era um homem que chorava, quê importa, não se institucionalizara o julgamento naquelas bandas ainda. Podia chorar, não podia não chorar. Num ato de desespero, passou a mão pela cabeça, entre os cabelos, estando de joelhos.
Sentiu: foi a sua primeira vez.
Interrompeu a choradeira. Fazia um homem a sua primeira descoberta: si-mesmo. Já teria ouvido falar disso? Não, cremos que não. Achou estranho que, mesmo não se enxergando, sabia de si, cria na sua existência, ele, teoricamente, era. Sorriu bestamente por isso. Decidido, achando-se dono, pôs-se em pé, levantou. Seu primeiro grande feito: abstraia o objeto de sentir. Sentiu poder.
Assim ele quis reparar o exterior e viu as coisas - que não sabemos quais, por essa razão as chamamos coisas – e nelas uma forma. Esticou, então, o braço, com a palma da mão para cima. Num ato possessivo, fechou a mão, como os heróis fazem, em demonstração de poder. Mostrou-se poderoso, um homem poderoso. Prepotente, tentou falar, o que, obviamente, logrou. Fechou os olhos, em repúdio àquela fraqueza.
Por fim, se constituía a última das propriedades daquele mundo, o movimento, que veio brotado de uma força estacionária. Tão forte fora sua chegada que o um homem foi impelido a andar, sem mesmo saber os conceitos físicos de ação e reação. A nós resta a dúvida se havia ali um chão: também somos limitados em nossos conhecimentos sobre esse mundo.
Desestabilizado, o um homem caiu, diferentemente. Enquanto ele era derrubado pelo movimento, aquele mundo se abalou e o instante sofreu uma instabilidade, sucumbiu , o que fez com que aquele ser ficasse caindo, caindo, caindo... Sem instante, não havia espaço e uma desarmonia intensa afligiu aquele lugar: Choveu, e isso era a primeira coisa que mostrava a independência entre ele e o território. Caindo, sem espaço, um homem sequer pode pensar. Quando, pois, o primeiro pingo de chuva tocou o seu corpo, o instante refez-se e o espaço se perdeu, comprimindo-se e aglutinando tudo. Mais um-momento-e-meio e o Tudo se desfez, perecendo também um homem, que só teve o tempo de pensar, sem ainda sequer uma língua para se expressar: “Sou?”.
Nós desconhecemos, ainda, as últimas palavras de um homem
[...]

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Andrius, o romanceiro introspecto.
"A fantasia do café que havia esfriado"

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Crianças

Lembro-me que o meu maior sonho quando criança era ser jogador de futebol. Peço desculpas pelo lugar-comum, mas até mais ou menos os quinze anos tive a esperança de fazer um teste em algum clube grande, Atlético, Coritiba, ou qualquer outro, passar, e realizar meu sonho.
Astronauta, Médico, e até ser um daqueles empresário ricos, podres de ricos, que não têm mais lugar para colocar o dinheiro que ganham. Queria sempre ser alguém rico, importante, famoso. Sonhos, por vezes é melhor não tê-los, quando nos tornamos adultos vemos o quanto são difíceis de realizarmos essas aspirações infantis. Sonhos, muitas vezes é gratificante termos eles, além de passamos horas e horas criando histórias que nos façam percorrer desde o início até o final dessas conquistas, ainda nos vemos fazendo realizações que poderiam mudar o mundo num piscar de olhos. É mágico!
Cresci, fato do qual não pude fugir, uma vez ouvi alguém falando (acho que é quase um ditado popular) "quem não morre, envelhece". Não sei porque guardei isso comigo, se essa é a maior de todas as verdades que temos de enfrentar durante nossas mesquinhas vidas humanas. Mas, além de envelhecer, comecei a ver que alguns sonhos foram se desmoronando devido às circunstâncias da vida, outros, eu mesmo fui desmanchando, porque quis. Normal, todos fazemos isso, o tempo todo, sempre mudamos de discurso, e acho que essa é uma das artes que as pessoas fazer de melhor. O gente instável nos seus pensamentos! Comigo não foi diferente. Logo cedo desisti da ideia de ser astronauta. Se eu quisesse ir para o espaço, que fosse rico e pagasse passagem! Era isso, ser rico, fui pela mais fácil (porque na minha cabeça tudo era muito lógico) me torno rico, e pronto! Contudo, eu não era inteligente o suficiente para ser alguém de sucesso, e muito preguiçoso para ser alguém rico pelo esporte. Nem era muito bom no futebol!
Crianças...sempre sonhando. E claro, todas sonham, todas precisam sonhar, e brincar através desses sonhos, desafiar cada dia mais suas imaginações sem nem saber que o que fazem é mágico. Ficar horas brincando num terreno baldio entre canos de esgotos abandonados fingindo uma guerra. A terceira guerra mundial! quem sabe? Imaginam muito, não pedem nada em troca, apenas o direito de brincar. Certamente umas abortam suas infância cedo, por questões financeiras. Certamente outras prolongam suas infâncias por questões educacionais. Mas todas são, ou foram criança, e quem já viveu essa experiência sabe que, só por essa época, já valeu ter vivido!
Há crianças de todos ou tipos, todas as raças, em todas as nações. Esse universalismo que se compra na grande mídia todo mundo conhece. E, realmente, isso é uma verdade. Porém, mais triste do que pensamos. Compramos uma imagem até bonita, pagamos até muito bem por algo podre! Muito podre! Mas não no sentido mais profundo da palavra podre, mas num dos seus sentidos, num dos seus milhares de sentidos, acho até que num de seus sentidos mais desesperadores. Mas vamos ao que realmente interessa!
Era tarde, lá por umas seis horas da tarde. Foi um dia de muito sol, e a tarde estava bonita, com aquele céu claro de uma cidade num final de tarde. Tinha levado minha namorada para um tubo de ônibus perto da rodoferroviária. Comecei a retornar para a faculdade, subindo calmamente a avenida Sete de Setembro, pensando nos meus problemas (eu acho que estava pensando neles, sempre que estou sozinho faço isso). Eis que mais à frente começa a andar do meu lado, mas na pista de asfalto, um desses carrinhos de catadores de papel. O carrinho estava vazio, aliás, tinha alguns papeis, mas era muito pouco. O que chamava a atenção era um piazinho, devia ter de 3 a 5 anos, no máximo, que estava na parte de trás do carrinho. Brincava sozinho, sem muitos brinquedos, e eles eram alguns pedaços de papéis e cordas, que serviam para amarrar os pedaços de papelão. Se havia algo mais, não me lembro. Tampouco me recordo do que era a brincadeira, apenas entendi que aquilo era uma brincadeira porque certas expressões de criatividade e alegria infantis são, deveras, universais.
A felicidade do meu observado não era pequena até aquele momento. De repente passa um carro na rua, para do lado do carrinho, dois homens, um deles joga pra dentro do carrinho um pacote do salgadinho já pela metade. Naquele caso meio cheio. Então alguns homens que trabalhavam num posto de gasolina gritaram:
- Pega! É pra você!
O carrinheiro (espero que esse seja o nome certo!) devia ser o pai do garoto, olhou para os frentistas atrás dele, para os homens dentro do carro, agradeceu-os, e numa mistura de felicidade com rispidez (que me parece ser típico de pai) falou para o filho:
- Pega aí! Pode comer.
Os frentistas, eu, e talvez o motorista e o passageiro do carro, vimos o garoto largar tudo e ir comer. Ouvi barulhos que lembravam comemorações no posto. Ouvi o carro ir embora (espero que eles também tenham visto a cena!). E quase me vi feliz, mas numa angústia grande. Feliz pela cena que tinha acabado de se passar na minha frente. Por notar que há, sim, (eu também odeio esse chavão, mas vou ter que escrever!) esperança nos seres humanos. Eu diria até menos, que eles ainda, pelos menos ainda, têm um pouco de bom-senso ajudar seres frágeis que precisam ser ajudados. Mas a minha angústia vinha de algo maior, bem mais interno. Eu era um espectador, o mais legítimo de todos os espectadores daquela cena. Os frentistas participaram, tiveram a iniciativa de dar um pacotinho (meio cheio) de salgadinhos. Gesto simples, mas útil. Os dois homens do carro tiveram a boa vontade de serem os "entregadores" do(digamos aqui) "presente", sem dúvidas um bom gesto de caridade. O carrinheiro, não é preciso muito para falar de sua importância. Pai, trabalhando, carregando o filho como podia, e ainda abriu um sorriso quando viu o filho receber o presente. Tamanha felicidade que vi naquela cena só poderia se passar entre um pai e um filho. E além do mais, se não fosse o pai que quisesse ter passado por aquele rua, naquele momento, eu estaria, talvez, escrevendo um texto sobre "O brilho do sol numa final de tarde no centro de Curitiba". Pode-se dizer que ele teve uma grande importância em toda essa narrativa. Eu, contudo, não tive outro papel a não ser o de observador.
O que fazer? Em que poderia eu ajudar? Bom, comecei a pensar em várias coisas que existem, e que faltam, na nossa sociedade para que uma cena daquela ocorresse. Mas isso não intessava antes, nem interessa agora. Esse não é umm texto com um intiuito político. Por um momento quis limpar todos esses pensamentos mesquinho (mandá-los à merda!) e admirar a cena que estava vendo. O piazinho, feliz, comendo seu presente. De vez em quando olhava para mim, eu de vez em quando tinha que para de olhar para ele. Que futuros ele irá ter, ou mesmo se ele irá ter um futuro, eu não sei. Provavelmente não vou saber. Aquela cena só me fez poder observar que para o meu protagonista a felicidade se realizava com pequenas coisas. Não indaguei, nem vou indagar mais nada sobre ele. Já me disseram que às vezes nós queremos mudar a realidade de uma pessoa, mas elas são felizes do que jeito que estão. É verdade, e além do mais, seria um erro noisso interferir no livre arbítrio da pessoa. Sei que aquele menino não escolheu nascer filho de um carrinheiro, mas ele pode ter aprendido a ser feliz com a vida que seu pai lhe ofereceu. Pode nunca quere mudar isso. O que realmente importou em tudo isso foi a comprovação que essa universalidade da Infância é um dos melhores estados de espírito do ser humano, acalma, relaxa, nos faz aproveitarmos o que o mundo nos oferece (ou seja, nos faz saber vivermos o nosso mundo). Que comer salgadinho com a mão suja não é proibido por todos os pais, e que isso pode ser a tal felicidade.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

"A volta dos que não foram"

"Que rolem as pedras do sepulcro LOSER. Voltemos, grandes amigos de perdas. É, pois, que levantado do berço em que jazia, trago um novo estilo mais para dentro. Meto-me. Ainda me sobram as paixões, caros leitores; não choreis, amadas leitoras, pelo velório do romanceiro, ele ainda viverá, seguindo, sim, um fluxo diferente: o da (in)consciência. O verme da paixão ainda parasita meu ser; em estado crônico. Agora aloja o território fantástico da mente. Sendo assim, passo a acrescentar o “INTROSPECTO” ao nome de romanceiro, o que poucos de vocês deixarão de compreender. Livremo-nos de prólogos."

Violeta

Falta-lhe a bunda; cu todos temos. Beleza fria, cairia bem com um café quente com metade de açúcar; doçura. Um biscoito supriria a falta da gostosura que normalmente alimenta os homens, tem ela nada de mais, é tudo fruto de reflexão. Há dias que vinha me perturbando sem sequer fazer nada, respirava, é certo, talvez isso me indignava. Não que me faltasse o ar, mesmo que não, só me perdi em reflexões pelo tesão delas mesmas. Pinto murcho, cu folgado: estado normal.
Acostumei os leitores com o brilho da amada, perdão: hoje falta a amada e, principalmente mais, o brilho. É um lado da vida a se descobrir, o dos interesses pelo mistério inventado. Inventa-se mistério em tudo, até mesmo na relação entre cor e mulher; compreende-se?
Trazia roxo, cor de fama não muito boa, muitos se pavorizam, eu inclusive já vi que não me dei muito bem com ele. Nela, a mulher, o roxo, como lhe é costumeiro, não brilhou e mesmo até não coloriu, fugindo a seu encargo na qualidade de cor. Manchou.
(Tiro que passa pela culatra e derruba o já cadáver na parede branca; primeira menstruação; nódoa de frutas; beijo de batom vermelho no colarinho; taça de vinho derrubada na toalha de mesa; hemoptise; vômito negro; teste Rorschach). Manchou a mulher. Nem se percebeu da carga que pôs sobre si. Logo me deparei na densa harmonia entre cor e corpo; três instantes e pareceram uma só coisa: eram uma garota de roxo. Eclipse: sol, lua, garota, roxo. Eu vulnerável me deixei levar, ceguei-me e logo tateava um mundo sem lógica cheio de fantasias todas minhas.
(Cemitério à tarde, vazio, as pessoas ainda estavam morrendo, nada de sossego para elas. Entre os túmulos, morta paz. Eu lia os nomes e os epitáfios, tentando pensar num que pudesse ser o meu um dia, não de tarde como aquele, mas escuro, sombrio, ventos. Um farfalhar me deteve, não estava mais sozinho. Entre os túmulos nobres de mármore, passava a garota de roxo, como quem dança uma valsa corrida, sem parceiro. Eu estiquei minha mão em sua direção; doeu-me, escorreguei até o chão encostando nas gavetas onde jazia algum morto. Pus me de joelhos, recuperei o fôlego, respirando ao som do balançar do vestido da jovem dama de roxo. Levantado, passei a persegui-la andando a passo rápido, sem correr. Um momento depois de a perder de vista, fui surpreendido pelas costas: tive de susto seu corpo a um palmo do meu).
Consciente, numa segunda espreitada àquela mulher, lembrei-me do meu dia de morrer, do meu velório. Estava seduzido. Lha admirei roxa, descobri mais sobre ela, sua cor era, na verdade, seu reflexo opaco sujo distorcido perdido de uma mente insana. Mistério revelado.

- Olá, tudo bem contigo? – disse a mulher a mim.

Seduziu-me seu velório.
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Andrius, o romanceiro introspecto.
"A fantasia do café que havia esfriado"

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Santo Recalcitrante - Laerte

O grande Laerte fez mais uma grande série de tiras que eu gostei muito. Todo dia eu abria meu Reader pra ver se ele tinha lançado mais alguma. São no total 23 tiras contando a história de Latércio de Alcaçus, ou São Latércio. Não vou resenhar a estória porque se não acabo com a graça. Vejam, vale a pena de verdade! Algumas aqui pra vocês sentirem o gostinho.







Para ver o restante entre no Manual do Minotauro. Lembrando que é um blog, então elas estão ao contrario, ou seja, a ultima esta no começo e as primeiras estão no final...enfim, comece das últimas páginas.
Ps. Sim, eu sei que ja faz tempo que ele terminou elas.
Ps 2. Eu ainda não consigo pronunciar 'recalcitrante'.

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HZ
>(

Stay Inside

No período de 24/06 a 04/07 o Steam fez as promoções de verão [no hemisfério norte é verão nessa época =P] de venda de jogos para PC e a campanha foi a Play it Safe. Stay Inside. Save Big. A cada dia eles colocavam um novo banner alertando sobre os perigos das atividades de verão, de se divertir fora e porque é mais seguro ficar em casa. Achei muito boa a campanha então resolvi postar as imagens aqui pra vocês darem uma olhada também. Não coloquei na ordem que elas sairam porque fiquei com preguiça, mas nao faz diferença. Clique nas imagens pra ampliar.




















UEHAUHEUEHAUEH. Boa parte delas resulta em morte. STAY INSIDE.

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HZ
>(

domingo, 14 de março de 2010

Em alta

Glauco

texto escrito em 13 de março de 2010

Principalmente pela manhã. Perdido disfarçando, esperava meu pai sair pra tomar café, e logo me punha de cotovelos no balcão para folhar o “Folha de S. Paulo”, até chegar no Ilustrada e, por fim, ao que importava: os quadrinhos.

Ah, que diversão! De cara procurava os que mais me interessavam, pra dar risada. Me perdoe o Laerte, mas minha infantilidade não enxergava suas intenções; lia, sim, o Dik, o Adão, o Glauco. Então podia, agora sim, começar o dia, embora logo me detivesse novamente em mostrar uma das tiras engraçadas pra os outros empregados da loja.

Pena! Ontem tomei um susto quando, no agito de ir pra aula, vejo a notícia da morte do pai do Chico bacon e do Geraldão. Involuntariamente essas lembranças me vieram à mente. Anotei na mão o acontecido, pra falar para os amigos. Era o assunto do dia.

À noite, li na manchete que Jesus Cristo era quem tinha assassinado o Glauco; meu amigo disse que a religião é ruim para nós. Triste, pensei que suscetíveis estamos todos a tudo: ao mundo e seus desígnios, às fatalidades e seus sustos, ao Brasil e seus déficits, aos loucos e seus atos, até mesmo a cristo. Trágico!

Hoje temos tiras em branco.

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Andrius, o Romanceiro

terça-feira, 9 de março de 2010

Conto #1

Herói Urbano #1

Cidade grande. Prédios, casas, carros, pessoas, barulho, lixo, poluição.
Dois homens conversam em um beco, armados com rifles planejam roubar a um banco próximo. Eles correm e entram no banco atirando para cima, sinalizando o início do assalto.

Em seu pequeno apartamento, de cueca e assistindo televisão, o super-herói da cidade pressente o perigo e sai, voltando em seguida pois esquecerá de vestir seu uniforme e pegar suas armas de combate.
Já com o uniforme e mascarado para não ser reconhecido, o herói desce de elevador até o estacionamento. A demora o angustia. A porta abre e ele corre para o carro e sai em disparada para o local do crime.

Chegando ao banco ele se prepara, pega as armas e as pessoas, tumultuando, abrem caminho, a polícia também. Ele invade o banco pela porta da frente. No mesmo momento uma bomba de hidrogênio explode no centro levando junto a cidade inteira.
Outro herói urbano sendo atrapalhado pela guerra nuclear que acontecia no mundo.

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Vou tentar escrever outras short stories [tão ruins quanto esse] e postar aqui. =)

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HZ